O caminho

Em cartaz no telecineplay
Não sou nenhuma especialista em crítica de filmes, aliás, essa vai ser a minha primeira.
Não sei o porquê, mas neste final de semana assistindo The Way (O Caminho de Santiago) senti uma vontade imensa de fazer essa viagem assim que acabei de assisti-lo.
Então espero com esse post poder passar minhas breves impressões sobre o filme e convidá-los a assistir também!


O Caminho conta a história de Tom, um médico americano que viaja a França para buscar o corpo do seu filho morto em uma tempestade enquanto percorria o Caminho de Compostela. No desejo de entender a sede de conhecer o mundo que seu filho tinha, Tom resolve percorrer também o caminho e completar o percurso para homenagear o filho, depositando ao longo do caminho suas cinzas. Tom caminha junto a outros 3 peregrinos – cada um com seus problemas e objetivos em percorrer o caminho.


Abandonar os antigos hábitos libertar-se das pressões do cotidiano e mergulhar na busca de novos ideais de vida são algumas das motivações de muitos que decidem percorrer o Caminho de Santiago. Este trajeto já foi tema de filmes, romances, músicas, poemas e de acordo com os relatos de pessoas que realizaram o caminho. Percebo que na maioria das vezes o objetivo do peregrino não é religioso, inclusive no filme. Os outros 3 peregrinos que acompanham Tom em sua jornada têm objetivos totalmente diferentes e “não-religiosos”. E o filme ilustra bem isso, personagens ateus e católicos não praticantes são comuns no enredo.
O Caminho se tornou não só uma rota de peregrinos em busca de milagres, mas também de mochileiros e de pessoas que buscam autoconhecimento e reflexão. Imagino que enquanto se percorre o caminho, surjam em meio ao silencio e a paisagem questões... respostas... palavras... sentimentos... emoções... descobertas... redescobertas... Além disso, as imagens do filme são maravilhosas te levam realmente para dentro das igrejas, dos charmosos vilarejos, albergues e hospedagens ao longo da rota. Sem falar nas incríveis paisagens e do ambiente que se sente nas imagens.


Por fim, é um filme que vale a pena ver ou rever, um filme que deixa aquela de vontade de botar a mochila nas costas e viajar, mas acima de tudo um filme com uma lição de vida que vai te fazer pensar bastante no modo como se vive. 
A última frase que Daniel deixou para seu pai foi: 
Não se escolhe uma vida, pai. Vive-se uma’. Ainda ecoando dentro de mim até agora.


Boa semana a todos!

5 comentários:

  1. Oi, Yvone!
    O melhor caminho é para dentro de nós e, infelizmente, só o fazemos em momentos de infelicidade.
    A idade não ajuda muito, até porque existem pessoas "de idade" que não amadurecem (rs*) - É preciso um pouco de solidão para amadurecer.
    Sobre o "Caminho de Santiago", muitos fazem sem que possuir ou saber o sentido do que é peregrinar. Não sei se porque o verbo remete a pobreza, alguns brasileiros não gostam de falar que foram peregrinar.
    Em Campos do Jordão, onde metade da minha família mora, passa um caminho de peregrinação que começa em Tambaú (SP), cidade onde viveu o Padre Donizetti, e passa por várias cidades de São Paulo e do sul de Minas para chegar a Aparecida do Norte - em torno de 400km - É chamado "Caminho da Fé" e também conheço o "Caminho da Luz", que tem certa de 200km e começa em Tombos (MG) e termina no Pico da Bandeira. Conheci muitos peregrinos que deixaram o dinheiro e a vida confortável de lado para fazerem o caminho com uma mochila nas costas, um bom tênis e um celular (emergência) - durante o percurso você encontra outros peregrinos e muitos fazem amizade, marcam novas peregrinações e nas cidades em que passam, as pessoas das comunidades abrem suas portas para recebê-los. A minha irmã tem uma casa que cede para quem passa pelo caminho - ela oferece a cama com roupa limpinha, um bom jantar e o café da manhã, mas tem que portar uma carteirinha de peregrino... ninguém sai andando à esmo! Tem que ter preparação física e espiritual antes. Muitas vezes você passa dias caminhando sem encontrar ninguém, apenas olhando a natureza e ouvindo seu barulho. Acho que é bem diferente de andar pelas ruas do bairro, por exemplo. Passar dias na clausura pode surtir melhor efeito! :)
    Bora peregrinar!?
    Beijus,

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  2. Oi Yvone,
    Ainda não assisti a este filme, mas vou colocar na minha listinha.
    Bjs e um ótimo pós Carnaval para vc.

    GOSTO DISTO!

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  3. Bom dia Yvoninha, depois de sua sinopse fiquei super ansiosa para assistir o filme. Sempre achei esse caminho misterioso, mas não tenho preparação física e nem paciência para segui-lo, mas gosto de saber das experiências de quem foi e das mudanças que ocorreram em suas vidas... Uma ótima semana inspiradora em todos os sentidos. Com carinho de sempre... Rê.

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  4. As vezes a única forma de se aprender é na dor. O criador sabe o que faz.
    O filme é bacana mesmo.
    Abraços

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  5. Yvoninha...passei para dizer que precisarei dar uma pequenina pausa no bloguito, fiz uma postagem explicando tudinho, mas sempre estarei por perto visitando os blogs amados, como o seu. Uma ótima quinta... com carinho da fanzoca Rê.

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